Santa Missa : A celebração do Sacrifício Perfeito

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Missa Tridentina

A SANTA MISSA

 A Missa Católica é a mais perfeita representação do irrevogável ato de salvação do Nosso Senhor Jesus Cristo, Seu sacrifício na Cruz. Cada Missa deve manifestar perfeitamente essa doutrina católica através de suas orações e rituais. A liturgia autêntica deve honrar e glorificar a Deus, expiar os homens de seus pecados, e agradecer a Deus pelas graças que Ele concedeu ao mundo. No Santo Sacrifício, mais do que em qualquer outra manifestação de nosso culto a Deus, tem uma plena realização a palavara de Santo Agostinho: “Colimus Deum precando, colit nos Deus miserando.” Rendemos culto a Deus, rezando, e Deus cuida de nós, comunicando-nos os tesouros de sua misericórdia. Nossas relações para com Deus são expressas pela Oração e pelo Sacrifício; as relações de Deus para conosco são o exercício de sua misericórdia infinita, instruindo-nos e comunicando-se a nós. E onde melhor se realizará esse intercâmbio spiritual do que no Santo Sacrifício da Missa? Nele falamos a Deus e Ele nos fala: nele nos oferecemos a Deus em união com o divino Medianeiro, que é Jesus Cristo, e Ele se une às nossas almas, no Sacramento do amor.

 RITO TRIDENTINO 

 A Forma Extraordinária do Rito Romano é a liturgia da Igreja Católica em uso antes da reforma do Concílio Vaticano II. Inclui a missa, os sacramentos, vários ritos de bençãos e mais. A Missa é as vezes chamada de Missa “Tridentina” porque “Tridentino” se refere ao Concílio de Trento (1545-1563), que unificou a prática litúrgica na Igreja Ocidental.
O Papa São Pio V alcançou esta meta em 1570 quando emitiu a restauração do Missal Romano após o Concilio. A Missa Tridentina foi baseada nas mais antigas e veneráveis fontes litúrgicas Ocidentais.
São Pio V decretou na Bula Papal conhecida como Quo Primum que seu único rito de Missa fosse usado por todos na Santa Igreja.
No entanto, exceções foram feitas para os ritos que tinham estado em uso contínuo por pelo menos 200 anos. Por que o Latim? O latim continua sendo a língua oficial da Igreja Católica Romana e tem sido usado como a língua litúrgica no Ocidente desde o século III. A natureza imutável do latim tem conservado a doutrina ortodoxa da Missa, que nos foi herdada dos pais da Santa Igreja.
O uso do latim na Missa e em documentos oficiais da Igreja tem sido fundamental em apoiar a universalidade e unidade da Igreja. O papa Bento XVI indicou o uso de latim e o canto Gregoriano na liturgia na sua Exortação Papal de 2007 sobre a Eucaristia Sacramentum Caritatis. Embora a Missa Tradicional seja dita ou cantada em latim, a maioria dos fiéis que participam na liturgia usam seus próprios livros de oração (missais), que contém o texto em latim acompanhado por sua tradução no vernáculo. As regras que explicam como tal participação deve ocorrer estão na encíclica Mediador Dei do Papa São Pio XII, par. 106.

 O que esperar da Missa Tradicional? 

 A princípio, a formalidade e o elaborado rito da Missa Tradicional pode nos parecer um pouco desconhecido. Há uma atmosfera de oração e reverência entre as pessoas nos bancos. Antes da Missa, o silêncio é mantido na igreja demonstrando o respeito à Presença Real de Jesus no Santíssimo Sacramento, que é reservado no tabernáculo no centro do altar. Para criar um espaço sagrado, o altar é separado do corpo principal da igreja por uma barra, que indica o local aonde os fiéis se ajoelham para receberem a comunhão, somente na língua. O crucifixo acima do altar relembra o fiel que o Sacrifício da Cruz e o Sacrifício da Missa são os mesmos. 
As seis velas acesas no altar simbolizam Cristo como a luz do mundo. O sacerdote e a congregação juntos ficam de frente para o tabernáculo e o altar aonde o Sacrifício Sagrado é oferecido. O altar normalmente é colocado na direção oriental da igreja, na direção do sol nascente, simbolizando Cristo Ressuscitado.
A comunhão é dada sob uma única espécie, com as palavras "o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde tua alma para a vida eterna. Amém." O sacerdote diz a oração completa. Há duas formas principais de Missa, Solene (cantada), e rezada. Uma Missa rezada é uma que é simplesmente recitada pelo sacerdote; é menos cerimonial que uma Missa solene. Uma Missa solene é cantada usando várias formas do canto Gregoriano ou polifônico. E o incenso é usado somente na Missa solene.

sábado, 3 de agosto de 2013

O 3º Segredo de Fátima foi revelado?



Publicamos, na semana passada um texto altamente revelador do Cardeal Pacelli, quando ele ainda era Secretário de Estado de Pio XI, no final de 1936, falando a pessoa de sua confiança, a respeito do Terceiro Segredo de Fátima. Disse ele então:
“Estou obcecado pelas confidências da Virgem à pequena Lúcia de Fátima. Essa obstinação de Nossa Senhora diante do perigo que ameaça a Igreja, é um aviso divino contra o suicídio que representaria a alteração da fé, em sua liturgia, sua teologia e sua alma”.
Essa citação foi publicada em várias ocasiões, sem jamais ser feita relação com o conteúdo do Terceiro Segredo de Fátima: (Cfr. Monsenhor Georges Roche e Philippe St. Germain, Pie XII devant l´Histoire, Laffont, Paris, 1972, pp 52 – 53; idem Abbé Daniel Le Roux, Pierre m´aimes-tu?, edit Fideliter, Brout Vernet 1986. p. 1; idem Padre Dominique Bourmaud, Cien Años de Modernismo, Ed Fundación San Pio X Buenos Aires, 2006, p. 312; apud Dom Bernard Fellay, Superior Geral da FSSPX, Resposta de 22 de junho de 2001 à carta do Cardeal Castrillon Hoyos de 7 de maio de 2001Communicantes, Août 2001,http://www.sspx.ca/Communicantes/Aug2001/French/Monseigneur_Fellay_repond.htm)

Ora, essa declaração do Cardeal Pacelli atribui a Nossa Senhora um aviso profético que não consta de nenhum livro sobre as revelações de Fátima. Portanto, Pio XII só pode ter sabido disso por ter lido o famoso Terceiro Segredo de Fátima, que o Vaticano sempre insistiu em não revelar, e que se nega que exista.
Em julho de 1917, na terceira aparição às três crianças de Fátima Nossa Senhora revelou três segredos: o primeiro sobre a perda de inúmeras almasdurante a primeira guerra mundial da qual Ela anunciou o fim próximo.
O segundo segredo tratava de uma possível segunda guerra que espalharia os erros da Rússia pelo mundo e o aniquilamento de várias nações.
De que poderia tratar o Terceiro Segredo?
Evidentemente, seguindo a ordem lógica crescente, depois das almas, e das nações, deveria tratar da Igreja.
Estranha, aliás, é a ausência do tema Igreja nas revelações de Fátima. Nelas Nossa Senhora tratava de fatos muito concretos: Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra, Rússia. E da Igreja, que atravessava a crise imensa do Modernismo, Nossa Senhora não diria nada?
Estranho…
Por demais estranho!
Com efeito, em 1914, repentinamente, morrera São Pio X, o único Papa santo do século XX. Ele havia condenado a heresia do Modernismo. Sua morte – muito brusca– acarretou a expulsão dos que lhe estavam ligados, na Cúria, e o retorno de seus inimigos modernistas aos postos mais importantes da Igreja.
O Pontificado de Bento XV favoreceu muito os hereges que São Pio X condenara, e que, desde então, só viram sua influência crescer, na Igreja, até o seu triunfo completo no Concílio Vaticano II e com a Missa Nova de Paulo VI.
Espanta, então, que Nossa Senhora não tratasse da situação da Igreja.
Entretanto, a pequena Jacinta teve, uma vez, uma visão em que aparecia um Papa, rezando e chorando, sozinho, num Palácio, enquanto uma multidão lhe atirava pedras. Jacinta perguntou então à Lúcia, se podia contar ao povo “aquilo” a respeito do Papa .
E Lúcia lhe respondeu:Não! Não vê você que contar aquilo sobre o Papa, ficaria fácil descobrir o segredo?

Portanto, o segredo tratava de um Papa.
E de um Papa que seria apedrejado…
Nenhum Papa, no século XX, foi apedrejado pelo povo, antes tiveram tanta popularidade…
Consta que João XXIII, ao ler o segredo — que ele fez traduzir do português para o italiano – teria afirmado, que isso não seria com ele, mas com outro Papa. Portanto, no segredo se falaria de um Papa, e se diria uma característica dele que não existia em João XXIII, e, por isso, ele podia dizer que os fatos previstos não eram atinentes à sua pessoa.
Paulo VI leu o segredo, e o fez ler por outros. Fez também o Concílio Vaticano II e a Missa Nova. E confessou que, depois disso, a fumaça de Satanás entrara no templo de Deus, e que se dera um misterioso processo de auto demolição da Igreja. Auto demolição a que assistimos até hoje, todos os dias.
Desgraçadamente.
E auto demolição é uma forma de suicídio…
Paulo VI confirmou indiretamente o que o Cardeal Pacelli dissera que havia no Terceiro Segredo: alusão insistente a um futuro “suicídio” da Igreja.
Paulo VI deixou que vários Cardeais e elementos da Cúria romana lessem o Terceiro Segredo de Fátima. Os Cardeais Silvio Oddi, Ottaviani, Siri, Ciappi, foram dos que leram o Segredo.
João Paulo II o leu e o fez ler por outros prelados, entre os quais o então Cardeal Ratzinger.
Este, inicialmente, se manifestou dizendo que o segredo de Fátima jamais seria publicado por “não conter nada que não estivesse já na revelação”…
Restava saber o que entendia o Cardeal Ratzinger, aí, por Revelação… Seria a Bíblia ou o Apocalipse, pois Apocalipse significa Revelação…
Sobre o Terceiro Segredo de Fátima, o Cardeal Oddi observou que o segredo:
Não tem nada a ver com Gorbachev. A Virgem Abençoada nos alertou contra a apostasia na Igreja.”

Mas, então, são bem certos os raciocínios de que Nossa Senhora teria falado da Igreja de um suicídio e de uma apostasia na Igreja. 
No artigo de Solideo Paolini (http://www.unavox.it/ArtDiversi/div042.htm) há uma citação do Cardeal Ciappi (falecido em 1996) falando a mesma coisa.
“E se o Cardeal Oddi, que teve uma conversa com a Irmã Lúcia, trouxe dela a convicção “que o Terceito Segredo predizia algo terrível feito pela Igreja”, obviamente no sentido impróprio aos homens da Igreja, o Cardeal Ciappi, que foi por decênios e sob vários Pontífices “teólogo do Papa”, foi absolutamente lapidar ao escrever pouco antes de morrer: “No terceiro segredo se profetiza, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja partirá de seu cume”.
Ou o Cardeal Ciappi mentiu, ou ele leu isso mesmo no Terceiro Segredo de Fátima. Mas, se o Terceiro Segredo disse tal coisa, Nossa Senhora teria predito uma apostasia levada a cabo pelo cume da Igreja, isto é, por um Papa.
É natural, então, que os Papas responsáveis por esse suicídio e apostasia não o quisessem publicar
Isso mesmo é confirmado por outros testemunhos ainda
Sobre tudo isso, escreveu ainda recentemente Antonio Socci:

O Cardeal Ottaviani e o Cardeal Ciappi (“no terceiro segredo se profetiza, entra outras coisas, que a grande apostasia na Igreja partirá da sua cúpula”). Um conceito análogo transparece das palavras de Lucia ao padre Fuentes e de duas declarações do CardealRatzinger. Eu noticiei isso só como jornalista, explicando que muitos interpretam a apostasia em referência aos efeitos do Concílio. (A.Socci, Carta Aberta ao Cardeal Bertone).
Portanto, o terceiro segredo fala de uma “grande apostasia” – expressão apocalíptica — e apostasia que será promovida pela mais alta cúpula da Igreja.
Seria por um Papa?
E não há que esquecer que na Sagrada Escritura, a vinda do Anticristo é precedida pela “Grande Apostasia”…
Uma pergunta vem imediatamente à mente: não teria sido, então, o Concílio Vaticano II essa “grande apostasia”?
Certo é que muitos constataram que o Vaticano II aprovou as teses modernistas condenadas por São Pio X. Pois, então, a Virgem de Fátima anunciou antecipadamente essa grande apostasia realizada pelos neo modernistas no Vaticano II.
Se é assim,– e tudo indica que é assim mesmo — era bem natural que João XXIII e Paulo VI tivessem escondido o Terceiro Segredo de Fátima.
João XXIII falou contra os “profetas de desgraças” que viam a Igreja em perigo de ruínas e de apostasia… Foi para Nossa Senhora e para as videntes de Fátima que ele disse isso, ou ele visava só os acreditavam em Fátima?      Se Nossa Senhora tivesse feito a menor alusão elogiosa à Nova Igreja Conciliar que ia nascer do Concílio Vaticano II, os dois Papas conciliares a teriam trombeteado bem alto. Não trombetearam. Esconderam o segredo de Fátima. Logo, o Terceiro Segredo era contrário aos objetivos dos que propugnavam a instalação de uma Nova Igreja Conciliar.   
No ano 2000, quando da visita de João Paulo II a Fátima, o Vaticano anunciou a publicação do Terceiro Segredo de Fátima. Na verdade, publicou apenas uma visão referente ao Terceiro Segredo: um Bispo de branco, saindo de uma cidade arruinada, atrás de uma procissão iniciada por Cardeais, Bispos, padres, religiosos e povo, e que o Bispo de branco — o Papa – seguia titubeante. Eles subiam uma montanha, e lá, o Papa e todos os demais que estavam com ele eram mortos a tiros e flechadas, por soldados uniformizados.
O Cardeal Sodano se cobriu de ridículo aplicando essa visão ao atentado de Agca contra João Paulo II, atentado em que ninguém morreu — nem o Papa — enquanto que, na visão, todos morrem.
Era muita a vontade do bem suspeito Cardeal Sodano de querer enganar, de modo bem grosseiro, o mundo inteiro.      Agora, nasceu na Itália uma polêmica que está tomando vulto inesperado: o jornalista Antonio Socci, que era contrário á tese de que o Terceiro Segredo fazia referências à crise atual da Igreja, voltou a estudar o assunto, e acabou por aceitar a tese de que o Terceiro Segredo de Fátima não foi totalmente publicado:

O já falecido Padre Joaquin Alonso (+1981), que por dezesseis anos foi o arquivista oficial em Fátima, o qual entrevistou Irmã Lúcia por diversas vezes, nos dá o seguinte testemunho:
“É, portanto, completamente provável que o texto faça referências concretas à crise de fé dentro da Igreja e à negligência dos próprios pastores [e as] brigas internas no seio mesmo da Igreja e de grave negligência pastoral da alta hierarquia…“No período precedente ao grande triunfo do Imaculado Coração de Maria, coisas terríveis estão previstas para acontecer. Essas coisas formam o conteúdo da Terceira parte do Segredo. O que são elas? Se ‘em Portugal o dogma da Fé sempre será preservado, ’… pode-se claramente deduzir daí que em outras partes da Igreja esses dogmas tornar-se-ão obscuros ou se perderão totalmente…“O texto não publicado menciona circunstâncias concretas? É bem possível que mencione não apenas uma crise real da fé na Igreja durante este interstício, mas, por exemplo, à semelhança do segredo de La Sallete, haja mais referências concretas às brigas internas de Católicos ou à queda de sacerdotes e religiosos. Talvez o texto faça até referência aos erros da alta hierarquia da Igreja”.
Antonio Socci contará que o atual Cardeal Bertone foi enviado pelo Cardeal Ratzinger a conversar com Irmã Lúcia, três vezes sucessivas em 2.000, 2001 e 2.003.
Se a publicação da visão da procissão e morte de um “Bispo vestido de branco”era tudo o que havia no Terceiro Segredo, se não havia um texto de Nossa Senhora explicando essa visão, para que o atual Cardeal Bertone foi três vezes falar com Irmã Lúcia, em Coimbra?
Falar com ela sobre o quê, se tudo já fora publicado?
O que se tem, então, é um texto bem claro do Cardeal Pacelli, datado de 1936 dizendo que Nossa Senhora em Fátima profetizou um suicídio da Igreja pela mudança de sua teologia e de sua liturgia. Ora, no Concílio Vaticano II se mudou a Teologia da Igreja, e desse Concílio nasceu a Missa Nova de Paulo VI. Depois disso, Paulo VI declarou que havia um misterioso processo de auto demolição da Igreja. E o Cardeal Ciappi disse que o Terceiro segredo falava de uma grande apostasia…
Uma Igreja que se auto demole, é suicida. Logo, em Fátima, no Terceiro Segredo, Nossa Senhora previu o Concílio Vaticano II e a Missa Nova e os qualificou de suicidas.
O Vaticano II e a Missa Nova, nós o vemos na prática, foram atos suicidas que acarretaram a atual grande apostasia.
E quem seria o Bispo vestido de branco – um Papa — que fará a restauração da Missa de sempre?
O Cardeal Ratzinger foi perito do Concílio Vaticano II.
Depois… mudou muito…
É certo que ele leu o Segredo de Fátima. Teria ele compreendido, afinal, à luz do segredo, o que deveria ser feito?
Rezemos pelo Papa, Bispo vestido de branco.
Rezemos pelo Papa
E que Deus guarde a Santa Igreja!

Retirado do www.montfort.org.br